A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy) E o consciente é para os mortos — o consciente sem a Vida... Fumo o cigarro que cheira bem à mágoa dos outros, E sou ridículo para eles porque os observo e me observam. Mas não me importo. Desdobro-me em Caeiro e em técnico — Técnico de máquinas, técnico de gente, técnico da moda — E do que descubro em meu torno não sou responsável nem em verso. O estandarte roto, cosido a seda, dos impérios de Maple — Metam-no na gaveta das coisas póstumas e basta...
A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)
Mil-Frases
1 year ago
Um poema de
Álvaro de Campos
"A vida é para os inconscientes (Ó Lydia, Celimène, Daisy)" é um poema de Álvaro de Campos que reflete sobre a dualidade entre a vida inconsciente e a consciência da morte. O eu lírico se distancia dos outros, observando-os e sendo observado por eles, enq