CARNAVAL
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(...) não tenho compartimentos estanques Para os meus sentimentos e emoções...
Vidas, realmente se misturam O que era cérebro acaba sentimento Minha unidade morre ao relento (...)
Quando quero pensar, sinto, não sei Se me sinto quem sou e queria. Psique de fora da psicologia, Vivo fora da (...) e da lei
Amorfo anexo ao mundo exterior Reproduzindo tudo o que nele há Sem que em meu ser qualquer ser meu me vá Compensar pessoalmente a minha dor.
Não: sempre as dores doutra gente que é eu (Sempre alegrias de várias pessoas) [...] Sempre de um centro diferente e meu
Carnaval de (...) Bebendo p'ra se sentir alegres e outros Outros bebendo como eles (...) se sentem Tendo de ser alegres (...)
Dêem-me um sentir que cansa e é bom e cessa Prendam-me para que eu não faça mais versos Façam [ad finem?] com que o sentir cesse Proíbam-me pensar com a cabeça.
Dói-me a vida em todos os meus poros Estala-me na cabeça o coração, (...) Para que escrevo? É uma pura perda. (...)
Depois. [...] Se escrevo o que sinto [...]. Bom. Merda.
Pronto. Acabou-se. Quebro a pena e a tinta Entorno-a aqui só para a entornar... Não haver vida que se possa DAR! Não haver alma com que não se sinta!
Não haver como essa alma consertar-me Com cordéis ou arames que se aguentem Com ferros e madeiras que não mentem E me dêem unidade no aguentar-me!
Não haver (...) Não haver, não [...] Não haver. Não Haver!