Hora a hora não dura a face antiga
Dos repetidos seres, e hora a hora,
Pensando, envelhecemos.
Tudo passa ignorado, e o que, sabido,
Fica só sabe que ignora, porém nada
Torna, ciente ou néscio.
Pares, assim, do que não somos pares,
Da hora incerta a chama agasalhemos
Com côncavas mãos frias.