Manuel Bandeira
439 posts
A poesia de Bande...
Astéria

Astéria

Mil-Frases

hace 1 año
Um poema de Manuel Bandeira

O Mestre me ensinou:

Fáculas nitentes

Como metal luzidio

Bordam as manchas

— Abismos de remoinhos electromagnéticos

A verrumar a espessura solar.

Massas de nuvens

Em colunatas coesas de fímbrias froculares

Atestam lá longe a despesa ignescente da estrela

No vômito de suas ondas

Despedidas e soltas.

O oceano celeste

Outrora tido por oco

Está cheio dessas como lavas vulcânicas

Pairando invisíveis no cosmos.

E eu as detecto no meu registro natural e inédito

— O esqueleto e modelo exterior do corpo radiário de Astéria.


"Astéria" é um poema de Manuel Bandeira que nos transporta para um universo cósmico e misterioso. O poeta descreve as fáculas nitentes, as manchas e as massas de nuvens que bordam o sol, criando uma imagem de abismos e remoinhos electromagnéticos. O ocean