Olavo Bilac
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Olavo Brás Martin...
A Avó

A Avó

Mil-Frases

há 1 ano
Um poema de Olavo Bilac

A avó, que tem oitenta anos, Está tão fraca e velhinha! . . . Teve tantos desenganos! Ficou branquinha, branquinha, Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira, Repousa, pálida e fria, Depois de tanta canseira: E cochila todo o dia, E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando Dos netos invade a sala . . . Entram rindo e papagueando: Este briga, aquele fala, Aquele dança, pulando . . . A velha acorda sorrindo, E a alegria a transfigura; Seu rosto fica mais lindo, Vendo tanta travessura, E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados, Beija-os, e, tremulamente, Passa os dedos engelhados, Lentamente, lentamente, Por seus cabelos, doirados.

Fica mais moça, e palpita, E recupera a memória, Quando um dos netinhos grita: "Ó vovó! conte uma história! Conte uma história bonita!"

Então, com frases pausadas, Conta historias de quimeras, Em que há palácios de fadas, E feiticeiras, e feras, E princesas encantadas . . .

E os netinhos estremecem, Os contos acompanhando, E as travessuras esquecem, — Até que, a fronte inclinando Sobre o seu colo, adormecem . . .


"A Avó" é um poema emocionante de Olavo Bilac que retrata a fragilidade e a ternura da avó, que aos oitenta anos está fraca e velhinha. Através de uma linguagem simples e delicada, o poema descreve a rotina da avó, que passa seus dias cochilando em sua ca
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