Luís Vaz de Camões
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Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Mil-Frases

há 2 anos
Um poema de Luís Vaz de Camões

Erros meus, má fortuna, amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a fortuna sobejaram, Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa [a] que a Fortuna castigasse As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse Este meu duro Génio de vinganças!


Este poema de Luís Vaz de Camões retrata os erros, a má fortuna e o amor ardente que se unem para causar a perdição do eu lírico. Apesar de ter passado por tudo isso, a dor das experiências passadas ainda está presente, ensinando-o a nunca mais buscar a f
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