Diluído numa taça de ouro a arder Toledo é um rubi. E hoje é só nosso! O sol a rir...Viv ́alma...Não esboço Um gesto que me não sinta esvaecer...
As tuas mãos tateiam-me a tremer... Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço, É como um jasmineiro em alvoroço Ébrio de sol, de aroma, de prazer!
Cerro um pouco o olhar, onde subsiste Um romântico apelo vago e mudo
- Um grande amor é sempre grave e triste.
Flameja ao longe o esmalte azul do Tejo... Uma torre ergue ao céu um grito agudo... Tua boca desfolha-me num beijo...