I
Eu cantarei, Quando a manhã abrir as portas do meu esforço, Eu cantarei, Quando o alto-dia me fizer fechar os olhos, Eu cantarei, Quando o crepúsculo limar as arestas, Eu cantarei, Quando a noite entrar como a Imperatriz vencida Eu cantarei a Tua Glória e o meu desígnio. Eu cantarei E nas estradas ladeadas por abetos, Nas áleas dos jardins emaranhados, Nas esquinas das ruas, nos pátios Das casas-de-guarda, A Tua Vitória entrará como um som de clarim E o meu Desígnio espera-la-á sem segundo pensamento.
II
Perto da minha porta Onde brincam as crianças dos outros, Rompe um canto infantil, disciplinado e cómodo, E eu sou a quinta criança ali, se houver só quatro, E ninguém me abandonar embora eu não esteja lá Canto também, dormindo transparente e calado.