"Ó Poesia! Ó mãe moribunda" Assim clamou Banville um dia Na Europa, terra sem segunda Da grande, da nobre poesia. Aqui ficara sem sentido Esse grito de descoragem: Vives, Guilherme, e eu, comovido, Ponho a teus pés minha homenagem. Toda a alma humana, da mais funda Mágoa à mais etérea alegria, Vibra, ora grave, ora jucunda, Em teus poemas de alta mestria. Por isso, e porque sempre hás sido Em captar as vozes da aragem Mais sutil o mais fino ouvido, Ponho a teus pés minha homenagem. Se no artesanato se funda Aquela apurada euritmia Da arte melhor e mais fecunda, Há que ver na longa teoria De teus livros, no tom subido De tua lírica mensagem Il miglior fabro, como és tido: Ponho a teus pés minha homenagem. OFERTA — Príncipe do verso medido Ou livre, e da rima, e da imagem, Irmão admirado e querido, Ponho a teus pés minha homenagem.