Eu trago-te nas mãos o esquecimento Das horas más que tens vivido, amor! E para as tuas chagas o ungüento Com que sarei a minha própria dor.
Os meus gestos são ondas de Sorrento... Trago no nome as letras duma flor... Foi dos meus olhos garços que um pintor Tirou a luz para pintar o vento...
Dou-te o que tenho: o astro que dormita, O manto dos crepúsculos da tarde, O sol que é d ́ouro, a onda que palpita.
Dou-te comigo o mundo que Deus fez!
- Eu sou aquela de quem tens saudade, A princesa de conto: "Era uma vez..."