XXVI
Quando cantas, minhalma desprezando O invólucro do corpo, ascende às belas Altas esferas de ouro, e, acima delas, Ouve arcanjos as cítaras pulsando.
Corre os países longes, que revelas Ao som divino do teu canto: e, quando Baixas a voz, ela também, chorando, Desce, entre os claros grupos das estrelas.
E expira a tua voz. Do paraíso, A que subira ouvíndo-te, caído, Fico a fitar-te pálido, indeciso...
E enquanto cismas, sorridente e casta, A teus pés, como um pássaro ferido, Toda a minhalma trêmula se arrasta. .