Olavo Bilac
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Olavo Brás Martin...
XVII [Por estas noites frias e brumosas

XVII [Por estas noites frias e brumosas

Mil-Frases

há 1 ano
Um poema de Olavo Bilac

Por estas noites frias e brumosas É que melhor se pode amar, querida! Nem uma estrela pálida, perdida Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas...

Mas um perfume cálido de rosas Corre a face da terra adormecida... E a névoa cresce, e, em grupos repartida, Enche os ares de sombras vaporosas:

Sombras errantes, corpos nus, ardentes Carnes lascivas... um rumor vibrante De atritos longos e de beijos quentes...

E os céus se estendem, palpitando, cheios Da tépida brancura fulgurante De um turbilhão de braços e de seios.

Publicado no livro Poesias, 1884/1887 (1888). Poema integrante da série Via Láctea.

In: BILAC, Olavo. Obra reunida. Org. e introd. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 119. (Biblioteca luso-brasileira. Série brasileira)


Este poema de Olavo Bilac retrata as noites frias e brumosas como o momento ideal para amar. O autor descreve a ausência de estrelas no céu, mas a presença de um perfume cálido de rosas que percorre a terra adormecida. A névoa cresce e enche os ares de so
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