Manuel Bandeira
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A poesia de Bande...
Maísa

Maísa

Mil-Frases

há 1 ano
Um poema de Manuel Bandeira

Um dia pensei um poema para Maísa

"Maísa não é isso

Maísa não é aquilo

Como é então que Maísa me comove me sacode me buleversa me hipnotiza?

Muito simplesmente

Maísa não é isso mas Maísa tem aquilo

Maísa não é aquilo mas Maísa tem isto

Os olhos de Maísa são dois não sei quê dois não sei como diga dois Oceanos Não-Pacíficos

A boca de Maísa é isto isso e aquilo

Quem fala mais em Maísa a boca ou os olhos?

Os olhos e a boca de Maísa se entendem os olhos dizem uma coisa e a boca de Maísa se condói se contrai se contorce como a ostra viva em que se pingou uma gota de limão.

A boca de Maísa escanteia e os olhos de Maísa ficam sérios meu Deus como os olhos de Maísa podem ser sérios e como a boca de Maísa pode ser amarga!

Boca da noite (mas de repente alvorece num sorriso infantil inefável)"

Cacei imagens delirantes

Maísa podia não gostar

Cassei o poema.

Maísa reapareceu depois de longa ausência

Maísa emagreceu

Está melhor assim?

Nem melhor nem pior

Maísa não é um corpo

Maísa são dois olhos e uma boca

Essa é a Maísa da televisão

A Maísa que canta

A outra eu não conheço não

Não conheço de todo

Mas mando um beijo para ela.


"Maísa" é um poema de Manuel Bandeira que retrata a fascinação e o encanto que o eu lírico sente por Maísa. O poema destaca a dualidade entre os olhos e a boca de Maísa, que se comunicam de maneiras diferentes, mas se complementam. Através de imagens poét
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