Tão vago é o vento que parece Que as folhas fremem só por vida. Dorme um calar em que se esquece Em que é que o campo nos convida?
Não sei. Anónimo de mim, Não posso erguer uma intenção Do saco em que me sinto assim, Caído nesse verde chão.
Com a alma feita em animal, A quem o sol é um lombo quente. Aceito como a brisa real A sensação de ser quem sente.
E os olhos que me pesam baixo Olham pela alma o campo e a estrada. No chão um fósforo é o que acho. Nas sensações não acho nada.
31/08/1930